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Empresas atentas ao cenário atual aceleram investimentos em Apps

A digitalização dos consumidores durante o período de isolamento social fizeram com que Apps de compras aumentam 80% suas instalações no Brasil e Apps de Delivery terem picos de crescimento de até 700% em uma semana na cidade de São Paulo, enquanto gerações menos familiarizadas com o mobile passam a usar aplicativos no dia a dia de confinamento

Estamos vivendo o auge (será?) da pandemia de COVID19 no Brasil, e com três meses de isolamento social em algumas cidades, muitos consumidores e empresários já se vêm habituados a este “novo normal”. Da noite para o dia, muitos líderes viram suas robustas estruturas de vendas serem reduzidas apenas aos canais digitais, e  pequenos negócios tiveram que se adaptar a serviços terceirizados de vendas online, como apps de delivery, e, sendo enfim forçados pela situação a submeterem seus produtos a um universo diferente.

Além das consequências imediatas da crise, está claro que o isolamento social está acelerando o futuro dos serviços digitais, anos de mudanças de comportamento agora estão acontecendo em semanas. O papel-moeda está finalmente sendo abandonado, estudantes estão se habituando ao contato com seus professores através de videoconferência, e empresas aprenderam que o home office é viável.

Segundo a AppsFlyer, líder global de atribuição e mensuração de dados de apps, entre Março e Maio deste ano, o uso de aplicativos financeiros de bancos tradicionais aumentou em média 53%, aplicativos de compras tiveram aumento de 80% em instalações e 50% de aumento em receita. Apps de Delivery tiveram picos impressionantes de até 700% de aumento em downloads em algumas semanas de Abril na cidade de São Paulo.

Em meio este cenário de mudança de comportamento, empresas que já investiram em um aplicativo saíram na frente. No varejo físico, por exemplo, a C&A sentiu grande aceleração em curto espaço de tempo “Tivemos crescimento de 400% nas instalações do app, passando para mais de 1,2 milhão de usuários por mês – usuários engajados em visitas e recorrência de compras. Com a pandemia, todos os olhares se voltaram ao mobile. Com o fechamento de todas as quase 300 lojas espalhadas pelo Brasil, todo o nosso e-commerce ganhou força, mas o grande ganho em relação ao app foi que ele passou a estar no discurso não só da área, mas da C&A como um todo”, diz Denise Cervelin, coordenadora mobile da C&A Brasil.

O que podemos analisar desta situação é que os padrões de movimento se altearam, antes os consumidores iam até os vendedores, e agora são os vendedores que devem mais do que nunca entrar nas casas dos consumidores, e o que era antes uma praticidade oferecida por grandes empresas.

A mudança é cultural tanto nas empresas quanto na vida das pessoas. Gerações mais jovens e mais habituadas ao mobile, aumentaram o uso pela necessidade de novos serviço por apps. Porém, passaram a ensinar os idosos a utilizar o formato, criando na pandemia uma inclusão mobile por conta do confinamento e da preocupação com os mais velhos.

“Esse cenário mostra que as empresas precisam mais do que nunca se adaptar a transformação digital mobile, pois os consumidores já estão adaptados. Seja como for a melhor forma para cada tipo de negócio, o futuro passará pelo aplicativo!